Introdução
Com a invasão dos bárbaros no século V, as atividades comerciais diminuíram, limitando-se
apenas à venda de artigos de luxo como armas, tecidos e escravos. Apartir desta
crise surgiu uma forma de organização econômica, social, política e cultural baseada na terra e não no comércio. Este sistema
firmou-se na Europa ocidental. O Império Bizantino, o Império Turco, os povos árabes e orientais não conheceram esta forma
de organização social.
O desenvolvimento do senhorio e da feudalidade
O feudo era sinônimo de benefício. Significava um bem ou direito cedido a
alguém em troca de fidelidade e várias obrigações, principalmente militares. A fidelidade era a base sobre as quais se firmavam
os laços feudais, e neles ficavam estabelecidos os direitos e as obrigações do suserano
e do vassalo.
→ Aquele que cede o
bem se torna suserano e quem o recebe passa a ser seu vassalo.
A relação de vassalagem normalmente acontecia seguindo a hierarquia da nobreza.
Formou-se desse modo uma cadeia de proprietários de terras, ligados uns aos outros pelos laços de suserania e vassalagem;
todos viviam da renda e do trabalho dos camponeses, que ficavam na base da sociedade.
O rei, no topo da hierarquia, era em geral (porém nem sempre) o mais rico
e o mais poderoso dos senhores, mas sua autoridade se limitava aos seus feudos.
Mas o que foi o feudalismo?
“Um sistema de organização econômica, social e política baseado
nos vínculos de homem a homem, no qual uma classe de guerreiros especializados – os senhores -, subordinados uns aos
outros por uma hierarquia de vínculos de dependência, domina uma massa campesina que explora a terra e lhes fornece com que
viver.”
(LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito de Idade Média. Lisboa, Estampa, 1980.)
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